sábado, 27 de junho de 2009

Lendas do Folclore Brasileiro


Cordelistas desvendam o Mistério das Lendas


Introdução: As lendas são mentiras ou verdades absolutas? Desvenda os seus mistérios.

Tarefa/ Missão:

SER UM DETETIVE

1-Pesquisar sobre as origens das Lendas brasileiras por regiões;

2-Conhecer tudo sobre a existência da literatura de cordel e os homens que as divulgam, eles são suspeitos, dizem que eles fazem Xilogravuras;

3-Procurar lenda ou lendas da nossa cidade (Petrolina ou Juazeiro). Nessa missão todos devem ser investigados. Comece interrogando à sua própria família

O processo

Cada grupo ficará com uma região. Mas, ATENÇÃO: cada Equipe deve apresentar um relatório sobre a história da Tarefa 3 e postar no BLOG da escola.
Grupo 1 – Região Nordeste
Grupo 2- Região Sudeste
Grupo 3- Região Norte
Grupo 4- Região Sul
Grupo 5- Centro Oeste
Fases do processo:
a)Pesquisou os sites indicados: 1,0 pontos
b) Conheceu o conteúdo proposto: 2,0
c)Interrogou familiares /amigos acerca do que sabem sobre o assunto indicado: 3,0.
d)Fez a exposição oral dos cordéis à turma:4,0
e) Postou o cordel no BLOG: 5,0

Os recursos
http://www.teatrodecordel.com.br/
http://www.bahai.org.br/cordel/viva.html
http://www.suapesquisa.com/cordel/
http://www.cordelon.hpg.ig.com.br/historia_cordel.htm
http://cordelnarede.zip.net/index.html
http://literaturadecordel.vilabol.uol.com.br/frame.htm
http://www.overmundo.com.br/overblog/literatura-de-cordel-uma-ferramenta-educativa
http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm
http://www.miriamsalles.info/cndvirtual2004/

AVALIAÇÃO : Vocês serão avaliados pelos seguintes critérios:1
Preparou-se para a realização desta Tarefa
( ) muito ( ) pouco ( ) razoavelmente ( ) não se preparou

Faixa de aproveitamento em relação ao desempenho
Nessa Missão?
( ) entre 100 e 80 ( ) entre 79 e 60 ( ) entre 59 e 40 ( ) abaixo de 40

O cumprimento das tarefas de pesquisas, de casa e trabalhos propostos pelo professor dessa disciplina, no período em que os conteúdos foram apresentados?
( ) excelente ( ) boa ( ) regular ( ) insuficiente

Buscas nos sites
( ) cumpri integralmente ( ) cumpri parcialmente ( ) não cumpri
A participação e comportamento no laboratório e nos trabalhos do grupo na disciplina, nesse período?
( ) excelente ( ) boa ( ) regular ( ) insuficiente

Conclusão
Espero que através deste trabalho vocês conheçam sobre a Literatura de Cordel e possa contribuir para divulgá-la, por ser um gênero da poesia narrativa popular impressa representante da cultura popular Nordestina..

Cordialmente,

Profª Tânia Maria Rabelo

WEBQUEST




Lendas do Folclore Brasileiro
Histórico e Descrição

No dia 22 de Agosto comemora-se o Dia do Folclore. Esta data foi instituída no Brasil em 1965. A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. "Folk", em inglês, significa "povo". E "lore", conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que em 22 de agosto de 1846 publicou um artigo intitulado "Folk-lore". No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se "folclore". Quem já não se assustou com as histórias de Lobisomem, da Cuca, da Mula sem-cabeça, do Curupira, e do Saci-Pererê-garoto negro com gorro vermelho , cachimbo na boca e de uma perna só, que passa toda a sua existência fazendo travessuras, faz parte do folclore brasileiro. assim como as festas do Bumba-Meu-Boi , o Carnaval, o Boto, a Iara, o Negrinho do pastoreiro, o Caipora, o Boitatá, E quem nunca ficou com medo do Bicho-Papão, que não deixa o menino dormir sossegado. As brincadeiras de roda, trazidas pelos primeiros colonizadores que divertem as crianças até os dias de hoje. Se você perdeu algo já ouviu falar em dar três pulinhos e rezar para São Louguinho. As simpatias e crenças fazem parte da nossa cultura popular, Jogar seu dente que caiu no telhado para ganhar um presente, e muito usado para alegrar as crianças.Em todas as partes do mundo, cada povo tem formas próprias de manifestar suas crenças e costumes: isso é o Folclore.
Principais personagens, Nome da Personagem, Descrição .

Curupira
Mito conhecido da vários índios sul-americanos. Na Venezuela, o chamam de Máguare. Na Colômbia, Selvage. Os Incas peruanos o denominavam Chudiachaque. A cabeça também varia em alguns lugares ele é careca em outros tem cabeleira vermelha.Mas todos os descrevem como anão com os pés às avessas, calcanhar para frente, dedos para trás. Seu rastro engana os caçadores inescrupulosos, fazendo com que eles se percam na floresta. É o protetor da floresta e dos animais.

Saci-Pererê

Negrinho de uma perna só, fuma cachimbo e cobre a cabeça com um gorro vermelho. É inofensivo , se diverte assustando gado no pasto, dando nó em rabo de cavalo e criando pequenas dificuldades domésticas.

Boitatá
Gênio protetor dos campos, aparece sob forma de uma enorme serpente de fogo, que mata quem destrói as florestas. O Padre José de Anchieta, em 1560 é o primeiro a mencionar o Boitatá como personagem de mito indígena brasileiro, esse é o nome dado pelos índios ao fenômeno do fogo-fátuo.

Lobisomen
Homem aparentemente comum, vive e trabalha como os demais da comunidade. Nas noites de lua cheia se transforma em um lobo, ou em um homem com cabeça de lobo e mata quem cruza o seu caminho. Antes do dia clarear readquire forma humana.

Caipora
Segundo a mitologia tupi, um personagem das florestas com a propriedade de atrapalhar os negócios de quem o vê. Quando um projeto sai errado, se diz que seu autor viu o Caipora ou Caapora, Em algumas regiões, é um indiozinho de pele escura, em outras uma indiazinha feroz. É descrito também como criança de uma perna só e cabeça enorme.

Iara
Tem as mesmas características das sereias; mulher da cintura para cima, peixe de cintura para baixo, canto irresistível aos ouvidos dos homens, que atrai para as profundezas das águas, onde habita.

Negrinho do Pastoreio
Na tradição gaúcha, uma espécie de anjo bom, ao qual se recorre para achar objetos perdidos ou conseguir graças. É o negrinho escravo que o dono da estância pune injustamente, açoitando-o e depois amarrando-o sobre um formigueiro, Mas seu corpo aparece intacto no dia seguinte, como se não tivesse sofrido nenhuma picada, e sua alma passa a vaguear pelos pampas.

Anhangá
É um gênio andante, espírito arredio ou vagabundo, destinado a proteger os animais das matas. Ele aparece sob a figura de um veado branco, com olhos de fogo. Quando um caçador persegue um animal que está amamentando, corre o risco de ser atacado pelo Anhangá

Cairara
Na tribo dos Bororós havia um pajé muito sábio. Ele vivia triste por ser gordo e por isso todos o chamavam de cairara. Certo dia, ele descobriu uma erva que os macacos comiam e os conservavam sempre esbeltos e ágeis. Resolveu tomar um chá feito da erva, para ver se ficava esbelto como os macacos. Durante sete dias ingeriu a porção. Ficou esbelto, os cabelos finos se alongaram, as pernas encolheram. Ficou assustado quando viu que até um rabo começou a aparcer. Parou de beber a droga, mas a transformação continuou. Hoje o cairara é uma espécie de macaco fino, inteligente e engenhoso que vive nas matas da Amazônia

Bicho Papão
Diz-se ser uma espécie de home-bicho que amedronta as criança pois pode aparecer para comê-la se a criança não se alimentar direito ou não obedecer aos pais. História mitológica muito usada pelos pais para dominar as crianças.

Chupa-Cabras

Mitologia do sudeste brasileiro principalmente. Um animal parecido com um lobo mata animais domésticos principalmente galinhas, cães, cabras e ovelhas sugando seu sangue através de um foro que faz no pescoço da vítima. Muito difundido no interior do Estado de São Paulo, o Chupa-cabras têm sido objeto de atenção inclusive da imprensa ultimamente.

Nêgo D´água
Esta é a História bastante comum entre pessoas ribeirinhas , principalmente na Região Centro Oeste do Brasil,muito difundida entre os pescadores, dos quais muitos dizem já ter o visto.Segundo a Lenda do Negro D'Água, ele costuma aparecer para pescadores e outras pessoas que estão em algum rio.Não se há evidências de como surgiu esta Lenda,o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e raramente sai dele, sua função seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco,etc. Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de homem negro alto e forte, com um anfíbio Apresenta nadadeiras como de um anfíbio,corpo coberto de escamas mistas com peleEsta é a História bastante comum entre pessoas ribeirinhas , principalmente na Região Centro Oeste do Brasil,muito difundida entre os pescadores, dos quais muitos dizem já ter o visto.Segundo a Lenda do Negro D'Água, ele costuma aparecer para pescadores e outras pessoas que estão em algum rio.Não se há evidências de como surgiu esta Lenda,o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e raramente sai dele, sua função seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco,etc,.

Zumbi

Vem do Quimbundo[1] nzumbi, espectro, duende, fantasma. Para as antigas tradições africanas, vem do termo nzámbi, divindade, título adotado pelos chefes sociais. Entre os Cabindas[1], quer dizer Deus. xxxxZumbi foi o título do chefe dos rebelados escravos que se refugiaram no Quilomdo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas. Em Sergipe, Zumbi é um negrinho que se confunde com o Saci, que aparece nos caminhos em meio à mata, e é companheiro da Caipora; mas não tem a carapuça vermelha. Anda nu ou quase nu, sempre procurando crianças que vão pegar frutas sivestres, para desorientá-las com seus longos e finos assobios, ou surrá-las, como faz o Curupira. xxxxNo Rio de Janeiro, fala-se de um Zumbi da meia-noite, um espectro que vagava à noite alta pelas ruas intimidando as pessoas. Relato semelhante a esse, também foi colhido no interior de Pernambuco, apenas que neste, ele canta: "Lá vem o Zumbi da Meia-Noite..", e se perde dançando na noite. Há também referências a um Zumbi diabinho malicioso, moleque. xxxx[1] - Indivíduo Sul-africano ao qual pertenciam, entre outros, os escravos chamados no Brasil de Angolas, Cabindas, Benguelas, Congos, etc.

Mulher da Meia Noite
Também Dama de Vermelho, Dama de Branco, é um mito universal. Ocorre nas Américas e em toda Europa.É uma aparição na forma de uma bela mulher, normalmente vestida de vermelho, mas pode ser também de branco. Alguns dizem, que é uma alma penada que não sabe que já morreu, outros afirmam que é o fantasma de uma jovem assassinada que desde então vaga sem rumo. Na verdade ela não aparece à meia-noite, e sim, desaparece nessa hora. Muito bela, parece uma jovem normal. Gosta de se aproximar de homens solitários nas mesas de bar. Senta com eles, e logo os convida para que a leve para casa. Encantado com tamanha beleza, todos topam na hora. Entretidos, logo chegam ao destino. Parando ao lado de um muro alto, ela então diz ao acompanhante: "É aqui que eu moro...". É nesse momento que a pessoa se dá conta que está ao lado de um cemitério, e antes que diga alguma coisa, ela já desapareceu. Nessa hora, o sino da igreja anuncia que é meia noite. Outras vezes, ela surge nas estradas desertas, pedindo carona. Então pede ao motorista que a acompanhe até sua casa. E, mais uma vez a pessoa só percebe que está diante do cemitério, quando ela com sua voz suave e encantadora diz: "É aqui que eu moro, não quer entrar comigo?". Gelado da cabeça aos pés, a única coisa que a pessoa vê, é que ela acabou de sumir diante dos seus olhos, à meia-noite em ponto.

Chibamba
Fantasma do ciclo das assombrações criadas para assustar crianças, para fazer parte dos seus pesadelos noturnos. É do sul de Minas Gerais. Amedronta as crianças que choram, as teimosas e as malcriadas. Anda envolto em longa esteira de folhas de bananeira, ronca como se fosse um porco e dança de forma compassada enquanto caminha; às vezes gira. O nome é um vocábulo africano, Bantu na verdade, e teria como significado uma espécie de canto ou dança africana à exemplo do Lundu[1].Há uma quadrinha que diz:Êvém o Chibamba, nêném, ele papa minino, cala a boca!..O Chibamba vestido de folhas de bananeira e dançando, lembra a África de onde o nome é originário. Em Angola e Congo ainda os negros, em suas tradições festivas e folclóricas, dançam vestindo elaboradas roupas feitas de folhas, ramos e galhinhos de plantas locais.[1] Espécie de dança nativa africana.
Bruxa
A Bruxa para as crianças é a figura clássica da mulher velha, alta e magra, corcunda, queixo fino, nariz pontudo, olhos pequenos e misteriosos, cheia de sinais nos cabelos, e manchas na pele. O principal trabalho das Bruxas é carregar meninos que teimam em não dormir cedo, ou em alguns casos, mantendo os vestígios do mito de origem Européia, sugar seu sangue sem que ninguém a veja, já que é capaz de se tornar invísivel. No Norte do país, ela é conhecida como Feiticeira. Para evitar que a Bruxa entre numa casa, deve-se riscar nas portas os símbolos cabalísticos; o sinal de Salomão, que é uma estrela de seis pontas, feita com dois triângulos; a estrela de cinco pontas, que é o sagrado pentágono; ou as palhas secas do Domingo de Ramos postas em forma de cruz, ou novelos de fios da fibra de Caroá, planta usada para fazer barbantes, linhas de pesca e tecidos. A Bruxa então é obrigada a parar, e só entrará naquela casa, após contar fio por fio, daquele feixe de fibras de Caroá ou Gravatá.

Matinta Pereira
É uma ave de vida misteriosa e cujo assobio nunca se sabe de onde vem. Dizem que ela é o Saci Pererê em uma de suas formas. Também assume a forma de uma velha vestida de preto, com o rosto parcialmente coberto. Prefere sair nas noites escuras, sem lua. Quando vê alguma pessoa sozinha, ela dá um assobio ou grito estridente, cujo som lembra a palavra: "Matinta Perêra..." Para os índios Tupinambás esta ave, era a mensageira das coisas do outro mundo, e que trazia notícias dos parentes mortos. Era chamada de Matintaperera.Para se descobrir quem é a Matinta Pereira, a pessoa ao ouvir o seu grito ou assobio deve convidá-la para vir à sua casa pela manhã para tomar café.No dia seguinte, a primeira pessoa que chegar pedindo café ou fumo é a Matinta Pereira. Acredita-se que ela, possua poderes sobrenaturais e que seus feitiços possam causar dores ou doenças nas pessoas.

Besta Fera
Este mito, é uma mistura do mito da Mula-Sem-Cabeça e Lobisomem. Não se sabe ao certo de onde sai essa criatura. Acredita-se que na verdade trata-se do próprio Demônio em pessoa, que sai das profundezas em noites de Lua cheia e corre pelas ruas dos povoados e pequenas cidades, só parando quando chega no cemitério da cidade, quando simplesmente, desaparece.
Seria um ser fantástico metade homem metade cavalo. O barulho dos seus cascos correndo é motivo mais que suficiente para as pessoas se trancarem em suas casas nesses dias.
Por onde passa, uma matilha de cachorros, e ouros animais o acompanham numa algazarra infernal. Vez por outra ele açoita os cachorros e os ganidos são pavorosos.
Quando ele pára na porta de uma casa, dá para ouvir sua respiração demoníaca e nessa hora, a pessoa deve rezar o "Credo" para que ele siga seu caminho. O animal que se atreve a chegar mais perto é açoitado sem piedade.

Cobra Grande /Norato ou Honorato
Cobra Norato, ou Honorato, e uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Norato, e uma menina, chamada de Maria Caninana. Consultando um Pajé se devia matá-los, resolveu deixá-los à margem do rio Tocantins onde eles ficaram "encantados". Lá no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era Bom, mas sua irmã era muito perversa, um verdadeiro demônio, afogando banhistas, fazendo naufragar embarcações, assombrando viajantes, atacando os animais. Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato, acabou por matá-la para por fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.

Missa dos Mortos
Esta é uma das lendas mais tradicionais do Brasil.Existe um registro muito popular de fatos dessa natureza que aconteceram na Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, no começo do século XX, por volta de 1900, numa pequena Igreja, que ficava ao lado de um cemitério, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês de Cima.Quem presenciou uma dessas missas, foi o zelador e sacristão da Igreja. Ele chamava-se João Leite e era muito popular e querido em toda aquela região. Conta-se que numa noite, já deitado, ele viu luzes na Igreja e pensando que fossem ladrões foi investigar. Para sua surpresa, viu que o templo estava cheio de fiéis, lustres acesos e o padre se preparando para celebrar uma missa.Estranhou todo mundo de roupas escuras e cabeças baixas. E uma missa naquela hora sem que ele nada soubesse???Quando o padre se voltou para dizer o "Dominus Vobiscum", ele viu que seu rosto era uma caveira. Viu que também os coroinhas eram esqueletos vestidos. Saiu apressado dali e viu a porta que dava para o cemitério escancarada. Do seu quarto, ficou ouvindo aquela missa do outro mundo até o fim.
Papa Figo
Ao contrário dos outros mitos, não tem aparência extraordinária. Parece mais com uma pessoa comum. Outras vezes, pode parecer como um velho esquisito que carrega um grande saco às costas. Na verdade, ele mesmo pouco aparece. Prefere mandar seus ajudantes em busca de suas vítimas. Os ajudantes por sua vez, usam de todos os artifícios para atrair as vítimas, todas crianças claro, tais como; distribuir presentes, doces, dinheiro, brinquedos ou comida. Eles agem em qualquer lugar público ou em portas de escolas, parques, ou mesmo locais desertos.
Depois de atrair as vítimas, estas são levadas para o verdadeiro Papa-Figo, um sujeito estranho, que sofre de uma doença rara e sem cura. Um sintoma dessa doença seria o crescimento anormal de suas orelhas. Diz a lenda, que para aliviar os sintomas dessa terrivel doença ou maldição, o Papa-Figo, precisa se alimentar do Fígado de uma criança. Feito a extração do fígado, eles costumam deixar junto com a vítima, uma grande quantia em dinheiro, que é para o enterro e também para compensar a família. Origem: Mito muito comum em todo meio rural. Acredita-se que a intenção do conto era para alertar as crianças para o contato com estranhos, como no conto de Chapéuzinho Vermelho.

Cabeça Satânica
Os relatos são assustadores. Ora descreve-se como a cabeça de uma pessoa, de cabelos compridos, olhos arregalados e amedrontadores, com um grande sorriso na face, a se deslocar rolando ou saltitando pelo chão. Uns a descrevem como a cabeça de um cangaceiro, de feições rudes e sempre com um sorriso à contemplar quem com ela se depara. Pode surgir de repente com se fosse uma pessoa comum. Esta sempre aparece de costas para a pessoa, sempre tarde da noite, em lugares onde há pouca luz. Então aquela pessoa taciturna, de repente, se desfaz caindo no chão e aí surge a assustadora cabeça rolante. Há relatos que a descrevem como sendo uma cabeça conduzida numa das mãos, a segurá-la pelos cabelos, por outro ser fantástico, que a solta quando se defronta com alguém para que esta possa perseguir a vítima. É uma entidade tão temida pelos habitantes das regiões mais remotas, que a simples pronúncia do seu nome, é evitada por todos. Mesmo quanto estão a conversar sobre assombrações, evitam pronunciar tal nome, pois associam o mesmo a encarnação viva do próprio demo, e dizem que basta que ela toque em alguém para que a pessoa adoeça e morra. É portanto sinal de agouro, quando ela corre noites afora, e de repente de detém diante da casa de alguém.

Barba Ruiva
Eis uma lenda sobre a Lagoa de Paranaguá no Piauí. Dizem que ela era pequena, quase uma fonte, e cresceu por encanto. Foi assim: Vivia uma viúva com tês filhas. Um dia, a mais moça das filhas dela adoeceu, ficando triste e pensativa. Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter tempo de casar com ela. Com vergonha, descansou a moça nos matos e, deitou o filhinho num tacho de cobre e sacudiu-o dentro da pequna fonte de água. O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Mãe-d'agua, que com raiva, Amaldiçoou a moça que chorava na beira. As águas foram subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando tudo, cumprindo uma ordem misteriosa. Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ninguém podia morar na beira porque, a noite inteira, subia do fundo dágua um choro de criança. O choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moço, muito claro, com barbas ruivas ao meio dia e com a barba branca ao anoitecer. Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo. Nenhuma mulher bate roupa ou toma banho sozinha, com medo do barba ruiva. Se um Homem o encontra, fica desorientado. Mas o Barba Ruiva não ofende ninguém. Se uma mulher atirar na cabeça dele água benta e um rosário sacramentado, ele será desencantado. Barba Ruiva é pagão, e deixa de ser encantado sendo cristão. Como ainda não nasceu essa mulher valente para desencantar o Barba Ruiva, ele cumpre sua sina nas águas da lagoa.

Cabra Cabriola
Era uma espécie de Cabra, meio bicho, meio monstro. Sua lenda em Pernambuco, é do fim do século XIX e início do seculo XX. Ocorre também outros estados. Era uma Bicho que deixava qualquer menino arrepiado só de ouvir falar. Soltava fogo e fumaça pelos olhos, nariz e boca. Atacava quem andasse pelas ruas desertas às sextas a noite. Mas, o pior era que a Cabriola entrava nas casas, pelo telhado ou porta, à procura de meninos malcriados e travessos, e cantava mais ou menos assim, quando ia chegando:

Eu sou a Cabra Cabriola
Que como meninos aos pares
Também comerei a vós
Uns carochinhos de nada..

As crianças não podiam sair de perto das mães, ao escutarem qualquer ruído estranho perto da casa. Podia ser qualquer outro bicho, ou então a Cabriola, assim era bom não arriscar. Astuta como uma Raposa e fétida como um bode, assim era ela.

Cidade fantasma de Jericoacoara
Alguns habitantes da cidade de Jericoacoara, no Ceará, afirmam que, debaixo do morro do farol local, existe uma cidade encantada, onde mora uma linda princesa. Perto da praia, quando a maré está baixa, há uma furna onde só se pode entrar agachado. Esta furna de fato existe. Só se pode entrar pela boca da caverna, mas não se pode percorrê-la, porque, está bloqueada por um enorme portão de ferro. A cidade encantada e a princesa estariam além daquele portão. A encantadora princesa está transformada, por magia, numa serpente de escamas de ouro, só tendo a cabeça e os pés de mulher. De acordo com a lenda, ela só pode ser desencantada com sangue humano. Assim, no dia em que alguém for sacrificado junto do portão, abrir-se-á a entrada para um reino maravilhoso. Com sangue será feita uma cruz no dorso da serpente, e então surgirá a princesa com toda sua beleza, cercada de tesouros inimagináveis, e a cidade com suas torres douradas, finalmente poderá ser vista. Então, o felizardo responsável pelo desencantamento, poderá casar com a princesa cuja beleza é sem igual nesse mundo. Mas, como até hoje não apareceu ninguém disposto a quebrar esse encanto, a princesa, metade mulher, metade serpente, com seus tesouros e sua cidade encantada, continuam na gruta a espera desse heroí.

Vitória Régia
Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse.
E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista.
A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas. Origem: Indígena. Para eles assim nasceu a vitória-régia.

Negrinho do Pastoreio
É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil. Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros que acabara de comprar. No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando. "Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece", disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.

Romãozinho
Era um menino filho de lavrador, e já nasceu vadio e malcriado. Adorava maltratar os animais e destruir plantas, sua maldade já era aparente. Um dia, sua mãe mandou-o levar o almoço do pai que estava num roçado trabalhando. Ele foi, de má vontade é claro. No meio do caminho, comeu a galinha inteira, juntou os ossos, e levou para o pai. Quando o velho viu o monte de ossos ao invés de comida, perguntou que brincadeira sem graça era aquela. Romãozinho, ruim como era, querendo se vingar da mãe, que tinha ficado em casa lavando roupa, disse: - Foi isso que me deram... Acho que minha mãe comeu a galinha com um homem vai lá quando o senhor não tá em casa, aí mandaram os ossos... Louco de raiva, acreditando no menino, largou a enxada e o serviço, voltou para casa, puxou a peixeira e matou a mulher. Morrendo a velha amaldiçoou o filho que estava rindo: - Não morrerás nunca. Não conhecerás céu ou inferno nem descansarás, enquanto existir um único ser vivo na face da terra. O marido morreu de arrependimento. Romãozinho sumiu, rindo ainda. Desde então, o moleque que nunca cresce, anda pelas estradas, fazendo o que não presta; quebra telhas a pedradas, assombra gente, tira choco das galinhas. É pequeno, pretinho como o Saci, vive rindo, e é ruim. Não morrerá nunca enquanto existir um humano na terra, e como levantou falso testemunho contra a própria mãe, nem no inferno poderá entrar.

Boitatá
Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.--Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos.--Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é chamado de "Alma dos Compadres e das Comadres". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.--Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, toca fogo no mato. Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios.--A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, que vistos de longe parecem grandes tochas em movimento.

Mula sem Cabeça
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta.Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, na verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro. Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula, deve-se deitar de bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado. Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será desfeito e a Mula-Sem-Cabeça voltará a ser gente, ficando livre da maldição que a castiga, para sempre.

Cuca
Cuca ou a Coca é um ente velho, muito feio, desgrenhado, que aparece no meio da noite para levar consigo crianças inquietas, que não dormem ou falam muito. Para muitos a Coca ou Cuca é apenas uma ameaça de perigo sem forma. Amedronta pela deformidade. Ninguém sabe ao certo que aparência tem o fantasma. xxxxA maioria, no entanto, identifica-a como uma Velha, muito velha, enrugada, de cabelos brancos e assanhados, magríssima, corcunda e sempre ávida pelas crianças que não querem dormir cedo e fazem barulho. É um fantasma noturno. Figura em todo Brasil nas cantigas de ninar. Não está localizado em nenhuma região específica, mas em toda parte. Atua em todos os lugares mas nunca se disse quem carregou e como o faz. Conduz a criança num saco e some imediatamente depois de fazer a presa, sem deixar vestígios. xxxxEm Portugal chama-se Coca, e possui uma forma de Dragão. Lá, na província do Minho, no meio da procissão de Corpus Christi, a figura de São Jorge a ataca com sua lança. xxxxMas no Brasil, ela não é monstruosa, tem forma humana, tanto que se confunde com o Preto Velho, ou a Negra Velha das histórias.

Vaqueiro Misterioso
Muito comum por todo o interior do Brasil, principalmente nas localidades que tem fortes tradições com o Ciclo do Gado, esta lenda, relatada por muitos vaqueiros, conta que o Vaqueiro Misterioso sempre aparece para participar das competições de derrubada de boi, corrida de argolinha, entre outras de montaria. Ele sempre é descrito como um vaqueiro velho, mal vestido, com um cavalo velho e fraco, participa e ganha todas as competições e quando alguém procura por ele para saber de onde veio acaba sumindo sem deixar nenhuma pista.

Pai do Mato
Esta lenda é muito comum na Região Centro Oeste do Brasil, principalmente em Goiás, segundo a Lenda o Pai do Mato habita as matas defendendo os bichos contra as pessoas, segundo contam poucas pessoas já o viram, pois ele raramente aparece e tem as seguintes caracteristicas:1. Altura de um homem, corpo coberto de pêlos e as mão semelhantes a dos macacos, no rosto ele possui uma barbicha bem vistosa na cor negra, e tem o nariz azul.2. Costuma andar com grupos de caititus (porco-do-mato), onde utiliza o maior animal como montaria.3. Segundo contam o umbigo é seu ponto fraco.

Diabinho da Garrafa
Também conhecido, entre outros nomes, como Famaliá, Cramulhão, Capeta da Garrafa.Este ser é fruto de um pacto que as pessoas afirmam que se pode fazer com o diabo. Este pacto consist,e na maioria das vezes, de uma troca. Por exemplo, a pessoa pede riqueza em troca dá a alma ao diabo.Após feito o pacto a pessoa tem que conseguir um ovo e dele nascerá um diabinho de aproximadamente, 15cm a 20cm. Mas não se trata de um simples ovo de galinha. É, isso sim, um ovo especial, fecundado pelo próprio diabo.
CARACTERISTíCAS: Segundo muitos o Diabinho da Garrafa tem as seguintes características:- nasce de um ovo. Em algumas regiões do Brasil acredita-se que ele pode nascer de uma galinha fecundada pelo diabo, em uotras regiões acreditam que ele nasce de um ovo colocado, não por galinha, e sim por um galo, este ovo seria do tamanho de um ovo de codorna.
Para se conseguir o tal ovo a pessoa deve procura-lo durante o período da quaresma e na, primeira sexta feira após conseguir o ovo, a pessoa vai até uma encruzilhada, a meia noite, com o ovo debaixo do braço esquerdo. Após passar o horário retorna para casa e deita-se na cama. Em aproximadamente 40 dias o ovo é chocado e nascerá o diabinho.Com o diabinho nascido a pessoa deve coloca-o logo na garrafa e fechar bem fechado. Com o passar dos anos o diabinho enriquece seu dono e, quando finda a vida, leva a pessoa para o inferno.

A Porca dos Sete Leitões
Esta é uma lenda que conta a história de uma Baronesa muito má, principalmente com seus escravos, ela os maltratava bastante, não tinha compaixão, nem queria saber de fazer alguma bondade para eles, mas seus dias como uma pessoa normal estavam contados.Os escravos cansados de tanta perversidade resolveram tomar uma atitude... e ai tudo começou.Um feiticeiro negro revoltado com suas injustiças lançou um feitiço na Baronesa e ela foi transformada em uma porca e seus sete filhos foram transformados em porquinhos.Segundo contam, esse feitiço lançado pelo feiticeiro, só será desfeito quando a Baronesa e seus sete filhos, que são a Porca e os Sete Leitões, encontrarem um anel mágico que está enterrado em algum lugar da floresta.Somente depois disso é que quebrarão o feitiço e voltarão a ser humanos.

Capelobo
Lenda muito comum na Região dos Rios do Pará e também no Maranhão. O nome Capelobo é uma fusão com um nome de origem possivelmente indígena: Capê (osso quebrado,torto ou aleijado) + Lobo.O Capelobo pode aparecer com duas formas distintas:Forma de animal: Aparece muito parecido a uma anta, porém é maior que uma anta comum, é mais veloz, apresenta um focinho mais parecido com o de um cão ou porco, e longos cabelos.Forma Humana: Aparece com o corpo metade homem, com focinho de tamanduá e corpo arredondado.Aparece a noite, rondando as casas e acampamentos que ficam dentro das florestas, costuma apanhar cães e gatos recém nascidos, mas quando captura um animal maior ou um homem, ele quebra o crânio e come o cérebro ou bebe o sangue. Só é morto com um ferimento no umbigo.

ONÇA MANETA
Esta lenda é muito contada nas Regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste. Trata de uma onça que perdeu uma das patas dianteiras, possivelmente numa luta contra caçadores.Desde esta luta a onça passou a possuir uma grande força misturada a uma raiva espantosa. Ela costuma ficar escondida nas matas e dificilmente consegue-se vê-la. Quando ela ataca raramente alguém consegue escapar dela, não escolhe sua vitima, ataca quem ela vê, pode ser um bicho, uma boiada, um homem, um grupo de caçadores, nada faz ela ficar com medo.

Onça Boi
Muito comum na Região Norte do Brasil, também conhecida como Onça Pé de Boi, é uma lenda sobre um animal fantástico que muitos pescadores, caçadores e mateirosque se aventuram pelas florestas juram já ter visto.
Segundo os populares suas características são:1. É uma Onça Pintada com a anomalia de ter quatro patas com cascos como os de um boi.2. A Onça-Boi anda sempre aos pares um macho e uma fêmea, isto dificulta muito alguém escapar, pois, se encurralarem a pessoa em algum lugar, elas são capazes de revezar a vigilância do local enquanto uma se alimenta ou dorme.3. A única maneira de matar este animal é, ao avistá-lo, matar primeiramente o macho, assim a fêmea ficará desnorteada e será fácil fugir ou mesmo matá-la também.

O Boto
É uma animal mamífero, parecido com um golfinho, que vive nas águas dos rios. O Boto-cor-de-rosa rosa que deu origem à lenda do Boto vive nas águas da Bacia Amazônica Brasileira e do bacia do rio Orinoco na Venezuela. Podem chegar a medir quase três metros na idade adulta e apresentam podem apresentar coloração rosa, acinzentada(tucuxi) e preta. Diz a lenda que ao anoitecer o Boto se transforma em um belo rapaz, alto e forte e sai a procura de diversão,festas e uma namorada. Vai a várias festas, dança muito, costuma beber bastante também. Antes do amanhecer ele tem que voltar para o rio, pois senão transforma-se em boto novamente. Algumas pessoas relatam que o boto se transforma em um rapaz elegante, bem vestido e que sempre usa chapéu(para esconder um orifício que possui na cabeça). Nas festas ele geralmente seduz alguma mulher bonita, casada ou não, a convida para dançar e depois saem da festa para namorar. Antes do amanhecer ele retorna ao rio, deixando a namorada que geralmente não torna a vê-lo. Pouco tempo depois a moça descobre que ficou grávida do tal moço. Na região Amazônica sempre que uma moça solteira engravida suspeita-se logo que se trata de um filho do boto. Dizem que o boto adora as índias e gosta muito de mulheres com roupas vermelhas.

Lenda da Mandioca
Segundo essa lenda de origem indígena, há muito tempo numa tribo indígena a filha de um cacique ficou grávida sem nunca sem ainda ser casada. Ao saber da notícia o cacique ficou furioso e a todo custo quis saber quem era o pai da criança. A jovem índia por sua vez, insistia em dizer que nunca havia namorado ninguém. O cacique não acreditando na filha rogou aos deuses que punissem a jovem índia. Sua raiva por essa vergonha era tamanha que ele estava disposto a sacrificar sua filha. Porém, numa noite ao dormir o cacique sonhara com um homem que lhe dizia para acreditar na índia e não a punir. Após os nove meses da gravidez, a jovem índia deu a luz a uma menininha e deu-lhe o nome de Mani. Para espanto da tribo o bebê era branco, muito branco e já nascera sabendo falar e andar. Passa alguns meses, Mani então, com pouco mais de um ano de repente morreu. Todos estranharam o triste fato, pois não havia ficado doente e nenhuma coisa diferente havia acontecido. A menina simplesmente deitou fechou os olhos e morreu. Toda a tribo ficou muito triste. Mani foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou. Todos os dias sua mãe, a jovem índia regava o local da sepultura de Mani, como era tradição do seu povo. Após algum tempo, algo estranho aconteceu. No local onde Mani foi enterrada começou a brotar uma planta desconhecida. Todos ficaram admirados com o acontecido . Resolveram, pois, desenterrar Mani, para enterrá-la em outro lugar. Para surpresa da tribo, o corpo da pequena índia não foi encontrado, encontraram somente as grossas raízes da planta desconhecida. A raiz era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz, entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.

Véu da Noiva
O pai da índia Pingo d'Água chamou-a e para comunicar-lhe que estava prometida em casamento para Pucaerin, um bravo caçador. A jovem, assustada, disse a seu pai que não amava o valente índio, e sim Itaerê, e lhe suplicou que reconsiderasse a decisão. O velhoíndio, no entanto, disse que não haveria como, pois tal casamento seria conveniente à paz entre as tribos vizinhas. A bela índia, então, muito triste, disse que pediria forças a deusa Jaci para suportar tal encargo.Á noite, Pingo d'Água saiu a caminhar, pedindo a Tupã que a salvasse do triste destino. Infelizmente, as preparações para o festejo prosseguiram, e Pingo d'Água ia ficando cada vez mais angustiada. pensava que seu amado Itaerê viria e ambos fugiriam. Mas ele não apareceu. Quando começou a celebração, o grande- chefe iniciou a cerimônia, ordenando que trouxessem a noiva. Houve demora, até que vieram avisar que ela não se encontrava na oca. Imediatamente, os índios saíram para procurá-la. Todos desconfiavam que Itaerê a tinha raptado. Seguiram o rastro da moça até perto da cachoeira, de onde as águas caíam a grande altura. Pingo d'Água não mais apareceu. Dias depois, uma criança correu avisar a tribo que havia um corpo boiando próximo às rochas em que as águas da cachoeira despencavam. Era Pingo D’Água, a noiva que acabara morrendo pelo amor de outro homem. A cachoeira recebeu, então, o nome de "Véu da Noiva".

Lenda do Uirapuru
É a lenda de um pássaro especial,pois dizem que ele é mágico, quem o encontra pode ter um desejo especial realizado.O Uirapuru é um símbolo de felididade.Diz a lenda que um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique.Por se tratar de um amor proibido não poderia se aproximar dela. Sendo assim, pediu ao deus Tupã que o transformasse em um pássaro.Tupã transformou o em um pássaro vermelho telha, com um lindo canto.O cacique foi quem logo observou o canto maravilhoso daquele pássaro.Ficou tão fascinado que passou a perseguir o pássaro para aprisoná-lo e ter seu canto só para ele.Na ânsia de capturar o pássaro, o cacique se perdeu na floresta.Todas as noites o Uirapuru canta para a sua amada.Tem esperança que um dia ela descubra o seu canto e saiba que ele é o jovem guerreiro.

A Lenda do Açaí
Há muito tempo, quando ainda não existia a cidade de Belém do Pará, vivia no local uma tribo indígena. Nesta época os alimentos eram escassos e por este motivo o cacique tomou uma decisão muito cruel: resolveu que todas as crianças que nascessem a partir daquela data, seriam necessariamente sacrificadas, uma vez que não haveria alimento suficiente para todos.Porém, Iaça, filha do Cacique, deu a luz a um lindo menino o qual não foi poupado da cruel decisão de seu avô. A índia chorava todas as noites com saudades de seu filho, até que numa noite de lua cheia, a índia ouviu o choro de uma criança. O choro vinha da direção de uma bela palmeira. Quando a índia chegou ao local, seu filho a esperava de braços abertos. Radiante de alegria, Iaça correu para abraçá-lo, mas quando o fez, a criança misteriosamente desapareceu. No dia seguinte, a índia foi encontrada morta, abraçada ao tronco da palmeira. Seu rosto trazia um suave sorriso de felicidade e seus olhos negros, ainda abertos, fitavam o alto da palmeira que estava carregada de frutinhos escuros. Então, o Cacique mandou que apanhassem os frutinhos e percebeu que deles poderia se extrair um suco quando amassados, que passou a ser a principal fonte de alimento daquela tribo. Este achado fez com que o Cacique suspendesse os sacrifícios e as crianças voltaram a nascer livremente, pois a alimentação já não era mais problema na tribo. Em agradecimento ao deus Tupã e em homenagem a sua filha, o Cacique deu o nome de AÇAÍ aos frutinhos encontrados na palmeira, que é justamente o nome de IAÇA invertido.


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